“[...] pulsação rítmica
evocando os ritmos próprios da vida, a metáfora do batimento primordial do
coração e do sexo, o beat essencial.
[...] forma livre, improvisada, improvável [...]” (p. 53)
“Paixão pela palavra,
pela imagem, pela prosódia musical, paixão pelo sexo, sacralização do instante
presente, errância no esoterismo da tradição que é a terra amassada do passado,
de tudo isso a geração beat está
carregada.” (p. 87)
“[...] a dura lei da
viagem tal como tinha imaginado: despesa mínima, recurso à carona ao acaso,
partilha das horas com desconhecidos, mas, sobretudo, liberdade e
disponibilidade em busca da pulsação viva da América.” (p. 105)
“[...] suas viagens reais
não são senão coleções de miniacontecimentos e manifestações de pouco risco. Não
têm a envergadura das que serão empreendidas por Burroughs e Ginsberg, que
aliarão deslocamento geográfico, sedentarização longe dos Estados Unidos e
experiência interior.” (p. 115)
“De início é sobre os
mapas que ele começa, é através dos relatos que ele viaja.” (p. 117)
BUIN, Yves. Kerouac. L&PM, 2007.
[tradução de Rejane Janowitzer]