segunda-feira, 27 de agosto de 2012


"(...) uma imagem que se sobrepõe a outra, o quadriculado do mapa da cidade com sua constelação de cruzinhas e setas (...)" (p. 167)

"Continuo meu passeio pela avenida, que agora já não se distingue mais da imensa planície deserta e gelada. A perder de vista não há mais paredes, nem tampouco montanhas ou colinas; nem sequer um rio, um lago, um mar; nada exceto uma extensão achatada e cinzenta (...). Assim, cá estou percorrendo esta superfície vazia que é o mundo. (...) Foi há poucos segundos, ou já faz muitos séculos, que tudo cessou de existir? Ja perdi a noção do tempo." (ps. 251-2)

Italo Calvino, "Se um viajante numa noite de inverno", tradução de Nilson Moulin, Companhia das Letras, 2006.

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