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terça-feira, 10 de novembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
DEBATE NA REFAZENDA ENTRE A CANDIDATA-TOMATE E O CANDIDATO-ABACATE
DEBATE
NA REFAZENDA
ENTRE A CANDIDATA-TOMATE
E O CANDIDATO-ABACATE
A refazenda aguardava
o começo do debate.
Olhos e ouvidos atentos
perante do grande embate
o quinto e último ato.
Em final de campeonato
não pode existir empate.
Era claro o desconforto
da candidata-tomate:
parecia rabanete
seguindo para o abate.
Também era perceptível
o aspecto apreensivo
do candidato-abacate.
Ali se decidiria
o destino das lavouras
pela próxima estação,
pelas gerações vindouras
(pelos séculos dos séculos?).
Legumes contra tubérculos,
cebolas contra cenouras.
O candidato-abacate
iniciou o argumento
mostrando nas estatísticas
baixíssimo crescimento.
- “A safra tem sido fraca
graças a essa bruaca.
Basta tanto sofrimento.”
A resposta foi batata:
- “Na gestão do meu partido
nunca faltou cesta básica.
Mas jamais foi esquecido
que, quando aqui governou,
seu grupo quase deixou
o país-pomar falido.”
Ele não deixou por menos,
duro e seguro sorriu.
- “Dados deste dossiê
provam que houve desvio
de verba da irrigação.
Rios e rios de corrupção
foi tudo o que a horta viu.”
Alface dela ficou
completamente escarlate,
mesmo que dissimulasse.
A candidata-tomate
tomou um gole de água,
conteve uma lagrimágoa,
organizou o rebate.
- “Como o senhor nos explica
a existência de um iate
em seu nome, incompatível?
Sonegação-socialaite
indigna de um candidato!
Não merece ter mandato
pilantra desse quilate!”
- “Calúnia! Levyandade!”,
ele quis se defender.
- “Fica mudando de assunto,
pois fracassou no poder.
Pergunte a qualquer verdura
como a vida anda dura.
Tudo é culpa de você!”
E questionou se ela tinha
projeto para o combate
ao tráfico de agrotóxico...
Como faria o resgate
dos valores da família?...
- “Você e sua quadrilha
não vencerão o debate.”
Com esse tempero forte
tornou-se acre o negócio:
o Ruim versus o Pior.
O povo não é beócio:
diante de uma salada
amarga, insossa, estragada,
prefere não ficar sócio.
Mas os patrocinadores
mantém o canal no ar
plantando boato e escândalo
(tudo em se plantando dá),
pra que aqui na refazenda
a distribuição de renda
possa sempre preocupar.
o começo do debate.
Olhos e ouvidos atentos
perante do grande embate
o quinto e último ato.
Em final de campeonato
não pode existir empate.
Era claro o desconforto
da candidata-tomate:
parecia rabanete
seguindo para o abate.
Também era perceptível
o aspecto apreensivo
do candidato-abacate.
Ali se decidiria
o destino das lavouras
pela próxima estação,
pelas gerações vindouras
(pelos séculos dos séculos?).
Legumes contra tubérculos,
cebolas contra cenouras.
O candidato-abacate
iniciou o argumento
mostrando nas estatísticas
baixíssimo crescimento.
- “A safra tem sido fraca
graças a essa bruaca.
Basta tanto sofrimento.”
A resposta foi batata:
- “Na gestão do meu partido
nunca faltou cesta básica.
Mas jamais foi esquecido
que, quando aqui governou,
seu grupo quase deixou
o país-pomar falido.”
Ele não deixou por menos,
duro e seguro sorriu.
- “Dados deste dossiê
provam que houve desvio
de verba da irrigação.
Rios e rios de corrupção
foi tudo o que a horta viu.”
Alface dela ficou
completamente escarlate,
mesmo que dissimulasse.
A candidata-tomate
tomou um gole de água,
conteve uma lagrimágoa,
organizou o rebate.
- “Como o senhor nos explica
a existência de um iate
em seu nome, incompatível?
Sonegação-socialaite
indigna de um candidato!
Não merece ter mandato
pilantra desse quilate!”
- “Calúnia! Levyandade!”,
ele quis se defender.
- “Fica mudando de assunto,
pois fracassou no poder.
Pergunte a qualquer verdura
como a vida anda dura.
Tudo é culpa de você!”
E questionou se ela tinha
projeto para o combate
ao tráfico de agrotóxico...
Como faria o resgate
dos valores da família?...
- “Você e sua quadrilha
não vencerão o debate.”
Com esse tempero forte
tornou-se acre o negócio:
o Ruim versus o Pior.
O povo não é beócio:
diante de uma salada
amarga, insossa, estragada,
prefere não ficar sócio.
Mas os patrocinadores
mantém o canal no ar
plantando boato e escândalo
(tudo em se plantando dá),
pra que aqui na refazenda
a distribuição de renda
possa sempre preocupar.
Wladimir Cazé
9-10/10/2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Clique na imagem para melhor visualização.
http://www.interventuras.blogspot.com.br/
Conheça {INTERVENTURAS}, uma série de conversas com escritores e leituras crítico-criativas de seus trabalhos. {INTERVENTURAS} é uma produção independente de CLIPOEMS (Vídeos Experimentais e Música) & LABOR.POET.CO (Laboratório Crítico-Criativo de Poéticas Contemporâneas.
http://www.interventuras.blogspot.com.br/
sábado, 5 de abril de 2014
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quinta-feira, 3 de abril de 2014
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http://www.interventuras.blogspot.com.br/
quarta-feira, 2 de abril de 2014
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Conheça {INTERVENTURAS}, uma série de conversas com escritores e leituras crítico-criativas de seus trabalhos. {INTERVENTURAS} é uma produção independente de CLIPOEMS (Vídeos Experimentais e Música) & LABOR.POET.CO (Laboratório Crítico-Criativo de Poéticas Contemporâneas.
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Para algumas Pessoas existe,
na cidade, uma praça
(praças são pessoas)
que atrapalha a passagem de carros
(que são pessoas)
que precisam de velocidade
e não têm tempo a perder no trânsito
(de pessoas-carro e pessoas-pessoa)
nem podem parar para
que pessoas-pessoa possam passar.
Por isso ̶ dizem tais Pessoas ̶ ,
é urgentemente necessário
avenidar de uma vez essa praça
para que os carros-pessoa
possam passar no espaço que ocupa
a praça-pessoas que os atrapalha.
É assim que a cidade (que são pessoas)
precisaria destruir uma parte de si-dade
para deixar passar a outra parte da cidade-pessoas
= tirar parte do espaço que é usado por pessoas-cidade.
E dessa ideia Pessoas que se julgam donas
da cidade (mas isso Elas não dizem)
tentam convencer as pessoas-cidade
: de que seria igual vantagem para todos
(praça-pessoas, carros-pessoa, cidade-pessoas)
se aquela praça simplesmente evaporasse.
E que sobre a terra sobrasse asfalto,
já que para carros falta espaço.
E se enfiassem sob a terra num buraco
(túnel) (catacumba) (túmulo)
(mas isso Elas também não dizem)
pessoas que por pessoas
(sem faixa zebrada) (sem semáforo)
se passar acaso ainda ousassem.
na cidade, uma praça
(praças são pessoas)
que atrapalha a passagem de carros
(que são pessoas)
que precisam de velocidade
e não têm tempo a perder no trânsito
(de pessoas-carro e pessoas-pessoa)
nem podem parar para
que pessoas-pessoa possam passar.
Por isso ̶ dizem tais Pessoas ̶ ,
é urgentemente necessário
avenidar de uma vez essa praça
para que os carros-pessoa
possam passar no espaço que ocupa
a praça-pessoas que os atrapalha.
É assim que a cidade (que são pessoas)
precisaria destruir uma parte de si-dade
para deixar passar a outra parte da cidade-pessoas
= tirar parte do espaço que é usado por pessoas-cidade.
E dessa ideia Pessoas que se julgam donas
da cidade (mas isso Elas não dizem)
tentam convencer as pessoas-cidade
: de que seria igual vantagem para todos
(praça-pessoas, carros-pessoa, cidade-pessoas)
se aquela praça simplesmente evaporasse.
E que sobre a terra sobrasse asfalto,
já que para carros falta espaço.
E se enfiassem sob a terra num buraco
(túnel) (catacumba) (túmulo)
(mas isso Elas também não dizem)
pessoas que por pessoas
(sem faixa zebrada) (sem semáforo)
se passar acaso ainda ousassem.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Só o som sob os homens (2013)
EP produzido por Heitor Dantas entre setembro de 2008 e outubro de 2009 no Estúdio Menasnota (Salvador/BA).
"Barata", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas
"Somos som", poema de Wladimir Cazé e Heitor Dantas sonorizado por Heitor Dantas
"Caracol", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas
"Gumes de sal e de luz", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas
"Valsa", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas
"Mãe café", poema de Wladimir Cazé e Heitor Dantas sonorizado por Heitor Dantas
"Gumes de sal e de luz" pertence ao livro Microafetos, de Wladimir Cazé (Edições K, 2005)"Barata", "Caracol" e "Valsa" pertencem ao livro Macromundo, de Wladimir Cazé (Confraria do
Vento, 2010)
vetorica@gmail.com
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
"Aurora", de Carlos Drummond de Andrade
"Aurora", poema de Carlos Drummond de Andrade (do livro "Brejo das Almas", 1934)
Texto do poema: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/carlos-drumond/aurora.php
Câmera e som: João Mauro Uchôa
Leitura: Wladimir Cazé
sábado, 14 de janeiro de 2012
"Versos baianos", de Oswald de Andrade
"Versos baianos"
Poema de Oswald de Andrade (http://fotolog.terra.com.br/bossabrasileira:55)
Do livro "Pau-Brasil" (1925)
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Retrospectiva 2011 (algumas fotos, um vídeo e um poema de Rodrigo Caldeira)

Com Saulo Ribeiro e Thiago "Kelber" Fernandes,
Buenos Aires, janeiro
Buenos Aires, janeiro
"A filha do Imperador que foi morta em Petrolina"
(folheto de cordel, Edições K, 2004)
(folheto de cordel, Edições K, 2004)
Texto e leitura: Wladimir Cazé
Imagens: Thiago "Kelber" Ferreira
Filmado en la Recoleta, Buenos Aires, janeiro 2011
Com Wilson Javier Cardozo,
Montevideo (Uruguay), janeiro
Com Carlos Drummond de Andrade e Rodrigo Caldeira,
Itabira (MG), 21 de abril
Itabira (MG), 21 de abril
O leitor poeta | a Wladimir Cazé
Como um animal faminto, devora no silêncio,
palavra por palavra, a memória dos outros.
olhos em chamas, mais uma conquista.
Atributo de homem sereno, sem pressa.
O tempo noturno te absorve aos poucos.
Vista cansada não te aflige, quer o final.
Se poesia, quer o poema que te devore.
A leitura come sua criação, em demasia.
Não escreve mais nenhum afetomundo.
Vive precocemente a alegria de Cabral,
para quem a leitura era único alívio.
Em tempo te desafio: inverta o título.
Anteveja o poeta, depois o leitor.
Sentinela que é da noite confidente,
cumpra a sina do porvir: vigia e relata.
Rodrigo Caldeira
Rodrigo Caldeira
Com Jamille Ghil e Ítalo Galiza, na rádio Universitária,
Vitória (ES), 22 de junho

Vitória (ES), 22 de junho
Com o poeta Leandro Jardim, Rio de Janeiro, julho

Com Saulo Ribeiro, Biblioteca Pública do Espírito Santo,
Vitória (ES), 26 de julho
Vitória (ES), 26 de julho
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