Terminou ontem o 14º Festival Internacional de Poesía en Cartagena, organizado pelo poeta Martín Salas na bela cidade caribenha de Cartagena de Indias, Colombia. Para reviver com nostalgia os dias da edição de 2009 do evento, aí vão alguns estilhaços visuais e sonoros e anotações extraídas do moleskine surrado que carreguei na viagem.
28/11/2009
Vista da janela do quarto de hotel
Cheguei num sábado a Cartagena de Indias, depois de 17 horas de viagem e pousos em quatro aeroportos (Galeão, Guarulhos, Bogotá e o destino final). (...) Com a janela do quarto de hotel aberta, posso escutar ritmos e fragmentos de melodias que não me deixam duvidar de que estou no Caribe (...).
Vista da janela do quarto de hotel29/11/2009
As ruas do Centro Histórico estavam praticamente vazias, o que me permitiu apreciar com mais vagar a arquitetura colonial.
Iglesia de Santo Domingo, em Cartagena
A primeira pessoa que vi hoje na rua foi um soldado do exército, guardando a Avenida Venezuela (se realiza aqui uma conferência internacional sobre o tratado de Ottawa, que trata da proibição de minas terrestres). No camin
A primeira pessoa que vi hoje na rua foi um soldado do exército, guardando a Avenida Venezuela (se realiza aqui uma conferência internacional sobre o tratado de Ottawa, que trata da proibição de minas terrestres). No camin
ho de volta ao hotel, descobri um pólo de sebos de livros usados na calle 32 (Avenida Daniel Lemaitre). São pequenas barracas de metal, pintadas de branco. (...)
Telefonei para Martín Salas e ele me explicou como chegar ao aeroporto de ônibus. Peguei o “Crespo” e fui encontrá-lo para recepcionarmos Antonio Barreto.
O ônibus (buseta) "Crespo"
letras e há quase vinte anos atua como funcionário da universidade nacional uruguaia, em cargo administrativo. Tem uma atuação larga na cultura de seu país, inclusive promovendo edições de livros e eventos de leitura de poesia com música. (...)
1º/12/2009
Houve uma reunião preliminar entre a Siembra (organização à frente do Festipoesia) e os poetas convidados, numa barraca de praia à beira do mar do Caribe.
3/12/2009
Terceiro dia de Festipoesia. Tivemos inicialmente dois encontros matinais com a imprensa local, nos quais os poetas falaram um pouco sobre seu trabalho. Os recitais se sucederam em diversos espaços, para onde os anfitriões nos conduzem de ônibus fretado, transporte público ou táxi: La
Amadora, um bairro muito pobre, como uma favela;
Martín Salas no recital para as crianças do bairro La Amadora
... e, hoje, uma atividade reunindo poetas e crianças que estão envolvidas com poesia; a Universidade de Cartagena e o Theatro Heredia (ontem), palco da grande noite de abertura com um longo recital em que leram poemas mais de 20 poetas, de pelo menos 12 países (Colômbia, Brasil, Venezuela, Uruguai, Costa Rica, Porto Rico, Chile, Japão, Noruega, Itália, Haiti e Romênia). Arrisquei-me a ler, num esfarrapado portuñol, cinco de meus poemas na versão em espanhol de Antonio Barreto e Paula Ruth (...).
Theatro Heredia, palco do r
ecital de abertura do Festipoesía
Cartagena é muito colorida, ensolarada, com um lindo e bem conservado casario, animado por cultura e história e infectado por tudo o que o turismo globalizado arrasta consigo.
8/12/2009
Rua do bairro La Candelaria, Centro Histórico de Bogotá
Giro desesperado por Bogotá, do setor de monumentos em torno da Plaza Bolívar até o Parque Independencia, de um lado a outro da Carrera Setima com apenas dez mil pesos no bolso da camisa (...). (...) museus fechados, por conta das festividades de abertura do mês natalino colombiano (que nos proporcionou uma chegada impactante, ontem à noite, à Candelária decorada com centenas de velitas, fogos de artifício sobre o Colpatria e Montesserrate como um presépio sobre as cabeças).
Rua do bairro La Candelaria, Centro Histórico de Bogotá
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