vídeo-resumo do recital "Pós-Lida", que aconteceu no dia 26 de setembro, no sebo Porto dos Livros (Porto da Barra, Salvador),
com James Martins e participação de Nildão e Marcelino Freire (via skype). eu também li alguns poemas, meus e de Sandro Ornellas, André Fernandes, Orlando Lopes e Marcelo Silva.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
poema-colagem, Wladimir Cazé, 2013, a partir de arte de Pedro Drummond para editora Record, 1996
recorte de jornal que anda na minha carteira desde 03/04/2011 (texto de Willi Bolle na 'Ilustríssima' da Folha de SP)
terça-feira, 10 de setembro de 2013
dia 26 de setembro às 19h30 recital em Salvador/Bahia com telepresença minha
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Para algumas Pessoas existe, na cidade, uma praça (praças são pessoas) que atrapalha a passagem de carros (que são pessoas) que precisam de velocidade e não têm tempo a perder no trânsito (de pessoas-carro e pessoas-pessoa) nem podem parar para que pessoas-pessoa possam passar. Por isso ̶ dizem tais
Pessoas̶ , é urgentemente necessário avenidar de uma vez essa praça para que os carros-pessoa possam passar no espaço que ocupa a praça-pessoas que os atrapalha. É assim que a cidade (que são pessoas) precisaria destruir uma parte de si-dade para deixar passar a outra parte da cidade-pessoas = tirar parte do espaço que é usado por
pessoas-cidade. E dessa ideia Pessoas que se julgam donas da cidade (mas isso Elas não dizem) tentam convencer as pessoas-cidade : de que seria igual vantagem para todos (praça-pessoas, carros-pessoa, cidade-pessoas) se aquela praça simplesmente evaporasse. E que sobre a terra sobrasse asfalto, já que para carros falta espaço. E se enfiassem sob a terra num buraco (túnel) (catacumba) (túmulo) (mas isso Elas também não dizem) pessoas que por pessoas (sem faixa zebrada) (sem semáforo) se passar acaso ainda ousassem.
5 poemas meus - 2 do livro "Macromundo" (2010) e 3 do livro "Microafetos" (2005) - saíram na edição de hoje (18/05/2013) do caderno "Pensar" do jornal "A Gazeta" (Vitória/ES)
texto em inglês extraído de
CARPENTER, Teresa (org.) New York diaries: 1609 to 2009. New York: Modern Library, 2012.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
"se sol ver", Wladimir Cazé, jan. 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Simone de Beauvoir, diário, 26/01/1947 in: "New York Diaries: 1609 to 2009", org. Teresa Carpenter (Modern Library Paperbacks, 2012)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Só o som sob os homens (2013) EP produzido por Heitor Dantas entre setembro de 2008 e outubro de 2009 no Estúdio Menasnota (Salvador/BA). "Barata", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas "Somos som", poema de Wladimir Cazé e Heitor Dantas sonorizado por Heitor Dantas "Caracol", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas "Gumes de sal e de luz", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas "Valsa", poema de Wladimir Cazé sonorizado por Heitor Dantas "Mãe café", poema de Wladimir Cazé e Heitor Dantas sonorizado por Heitor Dantas "Gumes de sal e de luz" pertence ao livro Microafetos, de Wladimir Cazé (Edições K, 2005)"Barata", "Caracol" e "Valsa" pertencem ao livro Macromundo, de Wladimir Cazé (Confraria do Vento, 2010) vetorica@gmail.com
sábado, 29 de dezembro de 2012
"Andrógina, mestiça-city, dengosa, faceira no primeiro momento, pegajosa, porém puta e ladra. Bichona-city, desmunhecada. (...) Vou alinhavando esta trama pelos veios da Soterópolis pra ter algo parecido a sentido (...). Zarpo num coletivo que veloz atravessa a urbe-labirinto que é inferno mais ou menos controlado; cidade a inchar não convulsa de todo ainda, metal-flux a dar contorno ao cimento armado que cresce em suas encostas, baldios, supersubúrbios; cidade banhuda, que com esta paisagem fálica fica com ares de asséptica, higienizada. O tráfego em sua sístole-diátole termina o Corredor da Vitória, deslizo pela ladeira da Barra, inicia o Porto e a Orla se desfralda. (...) Curva na ponta do continente, no Farol, seguindo pela beira, praias, praias, duma ponta a outra, seus fedores marinhos."
João Filho, "Ao longo da linha amarela" (P55 Edições, 2009, ps. 18-19)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
"A partir daquele ponto pude entender o real sentido da expressão fim de mundo. Atravessar aquela fronteira entre o mundo real e aquela zona do crepúsculo era entrar em uma região apocalíptica onde as pessoas tinham sido substituídas por sombras. Tudo pelo caminho permanecia abandonado e quieto. A floresta invadia o asfalto e tornava-se cada vez mais difícil andar em alta velocidade. À beira da estrada, os vilarejos em ruínas, as choupanas sem teto serviam de viveiro para espécies vegetais. Dava dó ver casas com portas abertas e quintais vazios, barcos semi-submersos na água ferruginosa do lago ou enormes construções e complexos industriais largados ao acaso, espaços em branco na vida de alguém que passou muito tempo a construí-los." (ps. 195)
"Seguimos por um bosque entre os prédios – as árvores ali já tomavam quase tudo, como se a cidade já não fosse cidade, mas floresta – e, ainda assim, cidade. (...) Do terraço pudemos avistar a cidade-floresta estender-se frondosa. Era primavera e as árvores floriam entre os edifícios com seus genes defeituosos." (ps. 201-202)
"Nada era casa, pois nada era centro – mas sempre margem, da qual estávamos sempre partindo." (p. 207)
Em “Ocidente”, de Nilson Galvão, temos poesia praticada com afinco, cavada no cotidiano e cultivada em versos que acolhem fricções permanentes entre ideias, sensações e a voz que as escreve. São poemas sem divisões estróficas, como se, com essa opção, o poeta buscasse intensificar o efeito de suas associações bruscas de imagens, por meio de uma ligação icônica entre elas (procedimento já anunciado no texto de abertura, “Buñuel”, p. 3). Com uma espécie de gestualismo estilístico, que enfeixa fluência coloquial e leve experimentalismo, o poeta trafega entre episódios domésticos e referências cinematográficas e literárias (Cortázar; os personagens clássicos Bartleby, Quixote e Ulisses; Pessoa – que inspira “À beira do Tejo”, p. 12). Transparece ao longo da leitura uma concepção de poesia como evento que provoca um “furo no cotidiano” (p. 36), como em “Acidente doméstico” (p. 9) e “Milagres” (p. 38), dois dos melhores textos do pequeno volume em forma de envelope da coleção Cartas Bahianas. Alguns desses (e vários outros) textos de Galvão podem ser lidos no blog Blag.
A fé conduziu Dante. O ácido, Huxley. Vai-se, de um jeito ou de outro, ao inferno e ao céu.
(“Ocidente”, Nilson Galvão, p. 13)
COMO QUEIRAM
Como queiram os deuses, e como não queiram. A um só tempo, o tempo todo.
(“Ocidente”, Nilson Galvão, p. 13)
CARO EINSTEIN
Deus não joga dados, joga dardos, tão profusos quanto raios de sol rajadas de vento. A ricochetear nas paredes da casa: dardos cujos alvos mudam sem parar.
Though it flies over avenues and beaches of several cities crossing valleys far away and returns to sea only by nightfall, maps are all the joyful seagull sees. Traslated by Patrick Brock
GABBIANO Nonostante voli su corsi e piazze di tante città, attraversi valli situati distanti e solo ritorni al mare la notte, il gabbiano goliardo vede soltanto mappe. Di Wladimir Cazé Tradotto in italiano da Thais Bonini
GAIVOTA Embora sobrevoe avenidas e praias de várias cidades, atravesse vales situados longe e só volte ao mar à noite, a gaivota gaiata avista apenas mapas.
Wladimir Cazé
GAVIOTA Aunque ella vuele por calles y playas de tantas ciudades, travese los valles muy lejos de aquí y vuelva al mar solo a la noche, gaviota chistosa ve solo los mapas. Versión en español por Guilherme Darisbo http://www.darisbo.blogspot.com.br/
GAVIOTA A pesar de sobrevolar avenidas y playas de varias ciudades, atravesar valles situados lejos y sólo volver al mar a la noche, la gaviota payasa apenas avista mapas. Versión en español por Antonio Carlos de Oliveira Barreto y Paula Ruth http://barretocordel.wordpress.com/sobre-mim/
O poema "Gaivota" foi originalmente publicado no livro "Microafetos" (Edições K, 2005)
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
"(...) uma cidade suspensa nos ramos mais altos (...), com suas fundações dependuradas como raízes aéreas de certas plantas que crescem por cima de outras." (ps. 81-82)
"Não é longe da metrópole iluminada que a floresta estende as suas sombras, mas dentro dela (...)" (p. 107)
Italo Calvino, "O castelo dos destinos cruzados", tradução de Ivo Barroso, Companhia das Letras, 1993
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
matéria que escrevi para o informativo cultural "Entreato", nº 3 (setembro de 2012), que começa a circular na Grande Vitória nos próximos dias:
Clique no texto-imagem para melhor visualização
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
"(...) uma imagem que se sobrepõe a outra, o quadriculado do mapa da cidade com sua constelação de cruzinhas e setas (...)" (p. 167)
"Continuo meu passeio pela avenida, que agora já não se distingue mais da imensa planície deserta e gelada. A perder de vista não há mais paredes, nem tampouco montanhas ou colinas; nem sequer um rio, um lago, um mar; nada exceto uma extensão achatada e cinzenta (...). Assim, cá estou percorrendo esta superfície vazia que é o mundo. (...) Foi há poucos segundos, ou já faz muitos séculos, que tudo cessou de existir? Ja perdi a noção do tempo." (ps. 251-2)
Italo Calvino, "Se um viajante numa noite de inverno", tradução de Nilson Moulin, Companhia das Letras, 2006.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
"Nós percorremos enormes distâncias para contemplar as ruínas de antigas civilizações, mas onde estão as ruínas contemporâneas? Onde estão sendo criadas as ruínas no mundo de hoje? Onde ficam as antigas grandes cidades que agora estão sendo gradualmente abandonadas em uma lenta decadência, deixando sinais do que as futuras gerações irão escavar e encontrar daqui a mil anos?" (ps. 34-35)
"(...) era um lugar diferente, muito diferente de todas as florestas que eu já tinha visto. Nenhuma das árvores era reta; elas eram tortas, retorcidas e pareciam ter levado vidas muito interessantes. O chão da floresta era pontilhado por enormes troncos apodrecidos - corpos deformados, ancestrais dos gigantes que ainda estavam de pé." (p. 58)
"As pinturas e desenhos nas cavernas são um palimpsesto: cada geração parece ter o mais completo desrespeito pelo trabalho de seus predecessores. Eles pintam e desenham diretamente sobre o trabalho anterior, sem se preocupar em liberar uma área ou encontrar uma superfície de pedra que não tenha sido desenhada." (p. 207)
(David Byrne, "Diários de bicicleta", tradução de Otávio Albuquerque, Anna Lim e Fabiana de Carvalho, Amarilys, 2010)
segunda-feira, 30 de julho de 2012
"Em Nova York, onde vivi quase um ano, a maior coisa que vi foi 'una gota de sangre de pato bajo las multiplicaciones'. No ano que estive lá saíra o livro de Lorca Poeta en Nueva York. Comprei o livro e lá encontrei esse verso da gota de sangue de pato. Madrugada de boemia, o poeta, sob arranha-céus, vira, no asfalto, a gota. Era uma coisa ínfima, mas que cresceu em sua emoção aquela madrugada. Seria a coisa mais infinita para o poeta naquela hora. Por toda a minha temporada naquela cidade, a mim me pareceu também a coisa mais soberba." (p. 62)
Manoel de Barros, "Encontros", organização Adalberto Müller, Azougue, 2011)
"Em Nova York fui estudar cinema e artes plásticas. Aproveitei para fazer coisa nenhuma. Andei à toa pelas ruas, roçando nas paredes, me sentindo um verminho no meio de tantos arranha-céus. Essa de sentir-se ínfimo é típica de pessoas sem rumo. E eu era sem rumo. Flanei por ruas. Andei de mar, de rio e de a pé. Estava bem protegido pelo abandono. Pude ver formas, cores e pentelhos. (...) Voltei para casa tranquilo." (p. 101)
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Impressões do escritor e jornalista espanhol Julio Camba (1882-1962) em sua segunda viagem aos Estados Unidos (1929-30). Extraído da página 57 do recém-lançado "Realidade em perspectivas: artigos de Julio Camba sobre a Espanha da primeira metade
do século XX", de Edna Parra Candido (Opção Editora, 2012)
O Grav - Grupo de Estudos Audiovisuais, projeto de extensão do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), iniciou no mês passado
um quadro sobre cinema e televisão no programa "#Tardes Infinitas", da rádio Universitária/Vitória (104.7 FM). O programa do dia último dia 2 de julho foi sobre Rainer Werner Fassbinder. Ao final do programa, o integrante do grupo Flávio Bastos recitou "Os olhos de Fassbinder”, poema do espanhol de origem inglesa Roger Wolfe, numa tradução que fiz a pedido do Grav. Abaixo, o texto original do poema, juntamente com minha tradução (que já passou por algumas alterações em relação ao texto lido na rádio).
A propósito: em breve publicarei neste blog outros poemas de Wolfe que acabei traduzindo depois. Também pretendo publicar por aqui poemas de hispanoamericanos que venho traduzindo na surdina, como umtriplo exercício: no idioma espanhol, na escrita poética e no ofício tradutório.
Para ouvir o programa na íntegra (a tradução do poema encontra-se a partir de 18'):
poema de Roger Wolfe del poemarioArde Babilonia, Visor editorial, España, 1994
Tus ojos exhaustos, Rainer, de la vida
- cuyo color ignoro o no recuerdo -
ese mostacho,
la barba rala,
el rostro tierno, tumefacto,
por el tiempo malo y sus desmanes,
me contemplan desde esa foto en blanco y negro,
y debajo la leyenda
en un idioma
que habló mi bisabuelo: Dichter Schauspieler Filmemacher.
Poeta de la polla y de la mierda,
monstruo, vándalo, arcángel, niño
de mirada incrédula y pasmada,
fantasma encharcado de alcohol
y de heroína,
amado padre, hermano, ramera, maricona,
todos
nos llamamos
como tú.
OS OLHOS DE FASSBINDER
Tradução: Wladimir Cazé
Seus olhos exaustos da vida, Rainer
- olhos cuja cor ignoro ou não recordo -
esse bigode,
a barba rala,
o rosto terno, inchado
pelo tempo ruim e por seus desenganos
me contemplam desde esta foto em preto e branco
e embaixo a legenda
num idioma
que meu bisavô falava: Dichter Schauspieler Filmemacher
Poeta da pica e da merda,
monstro, vândalo, arcanjo, menino
de olhar incrédulo e pasmo,
fantasma encharcado de álcool
e de heroína,
amado pai, irmão, prostituta, bichona,
todos
temos o mesmo nome
que você.
domingo, 22 de julho de 2012
"Quando nós saímos de nosso interior(...), de cultura oral, nós saímos de um mundo pré-gutemberguiano. E chegamos aqui, (...) e encontramos um mundo que começava a ser pós-gutemberguiano, onde já se podia prescindir do alfabeto por causa do mundo da telemática, da televisão, do cartaz, de outras linguagens que não era a linguagem escrita. Então nós(...)demos um salto na história de 600 anos e viemos cair nesse mundo." (p. 55)
Tom Zé, entrevista a Isabela Larangeira, 1990, publicada em "Tom Zé - Encontros", organização Heyk Pimenta, Azougue, 2011)
"Quando cheguei aqui tava um calor, era 11 de agosto de 1965, um calor! Me levaram à praça Roosevelt, que não tinha nada, era só calçamento e saía aquele negócio assim que entortava a visão, sabe como é? Parecia o Nordeste, a praça Roosevelt!" (p. 135)
Tom Zé, entrevista à revista "Caros amigos", 1999, publicada em "Tom Zé - Encontros", id., ibid.)
Local da praça Roosevelt, anos 1960 Crédito da foto: aqui
Início das obras de construção da praça Roosevelt, fevereiro de 1968 Crédito da foto: aqui
Obras de construção da praça Roosevelt, julho de 1968 Crédito da foto: aqui
Inauguração da praça Roosevelt, 25 de janeiro de 1970 Crédito da foto: aqui
Vista vertical mostrando trecho da Ligação Leste-Oeste sob a Praça Roosevelt Crédito da foto: aqui
Neste sábado, 9 de junho, às 20h, a programação do XIV Encontro Regional de Estudantes de Letras do Sudeste inclui um recital do qual participarei - com poemas dos livros "Microafetos" (2005) e "Macromundo" (2010) -, juntamente com os poetas Marconi Fonseca e Marcos Ramos.
Data: 09/06/2012 Horário: 20h Local: IC-2 - Campus da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES - Vitória (ES)
Hoje (quinta, 30de maio) à noite (19h), apresentarei "Macromundo" em Florianópolis (Santa Catarina), no Hall do Centro Integrado de Cultura (CIC).
Quem comparecer vai ganhar o cordel "A filha do imperador que foi morta em Petrolina".
E quem comprar "Macromundo" (R$ 20,00) vai levar de quebra o cordel "ABC do Carnaval".
Meus agradecimentos aos poetas Vinícius Alves e Marco Vasques, pela acolhida imediata e generosa à ideia do lançamento do livro na capital catarinense.
Local: Hall do CIC - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica
Horário: 19h
Informações: (48) 3953-2301 / 3953-2300
Nesta quinta-feira, 8 de março, às 18h, acontece um sarau literário, com entrada gratuita, promovido pelo grupo Cronópio, no prédio Cemuni I, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
A programação inclui exibição de vídeo-literaturas, a exposição fotográfica “Sim”, de Thalita Covre, e leitura de textos por Aline Yasmin, Fernanda Tatagiba, Jamile Ghill, Margareth Galvão, Saulo Ribeiro e Wladimir Cazé.
O Cronópio é um grupo de discussão e produção literária ligado ao Departamento de Comunicação da Ufes, sob a orientação do professor Erly Vieira Jr.
Noite Cultural com Sarau do Cronópio Local: Cemuni I, Ufes, campus de Goiabeiras (em frente à agência da Caixa Econômica Federal da Ufes) Quando: dia 8 de março, às 18h Entrada gratuita.
Esta é a lista dos livros que li (ou reli) no 2º semestre de 2011. A contagem, a partir do número 30, dá seguimento ao registro das leituras do 1º semestre (que chegou a 29 livros). Pelos meus cálculos, foram 5.286 páginas lidas entre julho e dezembro (média diária de 28,7 páginas), de livros de formatos, tamanhos e diagramações os mais variados. Como no período anterior, há predominância de ficção (contos e romances em evidência), mas também presença significativa de trabalhos de historiadores (livros de história são uma das minhas raras predileções que concorrem com a literatura). Releituras (Machado, Noll) tiveram participação relevante – e crescente, já que chegaram a 33,3% dos livros lidos no 2º semestre, contra 17,2% no 1º. Ilustram este post capas de quatro dos livros que mais apreciei ter descoberto nos últimos meses.
II SEMESTRE 2011:
30. Anu. Wilmar Silva. Yerba Mala Cartonera, 2010. 36 ps. Poesia. 31. El libro de los seres imaginários. Jorge Luis
Borges/Margarita Guerrero. Allianza Editorial, 2008. 236 páginas. 236 ps. Contos. 32. O viajante imóvel – Machado de Assis e o Rio de Janeiro de seu tempo. Luciano Trigo. Record, sem data. 300 ps. História. 33. Exiles. James Joyce. Prometheus Books, 2003. 154 ps. Dramaturgia.
34. A dor e outras fantasias. Daniel Salaroli. Secult/ES, 2010. 68 ps. Contos. 35. O homem que amava as mulheres. François Truffaut. Tradução de Fernanda Scalzo. Imago, 1995. 203 ps. Novela.
36. Romance negro e outras histórias. Rubem Fonseca. Companhia das Letras, 1992. 188 ps. Contos. (*)
37. 50 contos. Machado de Assis. Companhia das Letras, 2007. 487 ps. Contos. (*)
38. As barbas do imperador – D. Pedro II, um monarca nos trópicos. Lilia Moritz Schwartz. Companhia das Letras, 1999. 623 ps. História/antropologia.
39. Lorde. João Gilberto Noll. Francis, 2004. 111 ps. Romance.
40. Conversas com linguistas – Virtudes e controvérsias da linguística. Antonio Carlos Xavier/Suzana Cortez (org.). Parábola, 2003. 199 ps. Linguística.
41. Berkeley em Bellagio. João Gilberto Noll. Objetiva, 2002. 103 ps. Romance. (*) 42. A trajetória de um sangue. Maria Odete Moschen. Edição da autora, 2002. 110 ps. Depoimento.
43. Contos hieroglíflicos. Horace Walpole. Tradução de Nuno Batalha. Cavalo de Ferro, 2004. 53 ps. Contos.
44. O cego e a dançarina. in: Romances e contos reunidos. João Gilberto Noll. Companhia das Letras, 1997. 677-772 ps. Contos. (*)
45. O quieto animal da esquina. in: Romances e contos reunidos. João Gilberto Noll. Companhia das Letras, 1997. 443-494 ps. Romance. (*)
46. Bandoleiros. in: Romances e contos reunidos. João Gilberto Noll. Companhia das Letras, 1997. 207-320 ps. Romance. (*)
47. Contos selecionados. Machado de Assis. Gamma, sem data. 204 ps. Contos. 48. O Quinze. Rachel de Queiroz. Siciliano, 1993. 149 ps. Romance. (*) 49. Teatro de la inestable realidad. Aldo Pellegrini. Argonauta, 2008. 108 ps. Teatro/poesia. 50. O novo século – Entrevista a Antonio Polito. Eric Hobsbawn. Tradução de Claudio Marcondes. Companhia de Bolso, 2009. 174 ps. História. 51. Diario de un argentino. Marcelo Silva. Ediciones Patagonia, 2004. 84 ps. Poesia. 52. Formas de cair & outros poemas. Sandro So. Letra Capital, 2011. 85 ps. Poesia. 53. Guerra aérea e literatura. W. G. Sebald. Tradução de Carlos Abbenseth/Frederico Figueredo. Companhia das Letras, 2011. 124 ps. Ensaio.
54. Ahava – A chama azul do afeto. Wilson Alexandre Martins. Edição do autor, 2011. 110 ps. Romance. 55. Dom Casmurro. Machado de Assis. Nova Fronteira, 2011. 250 ps. Romance. (*) 56. Confissões da Bahia: Santo Ofício da Inquisição de Lisboa. Ronaldo Vainfas (org.). Companhia das Letras, 1997. 362 ps. História.
57. Ora bolas: o humor de Mário Quintana. Juarez Fonseca. L&PM, 2010. 159 ps. Humor.
58. Nova antologia poética. Mario Quintana. Globo, 2007. 218 ps. Poesia. (*) 59. A tempestade. William Shakespeare. Tradução de Barbara Heliodora. Lacerda, 1999. 129 ps.
Com Saulo Ribeiro e Thiago "Kelber" Fernandes, Buenos Aires, janeiro
"A filha do Imperador que foi morta em Petrolina" (folheto de cordel, Edições K, 2004)
Texto e leitura: Wladimir Cazé
Imagens: Thiago "Kelber" Ferreira
Filmado en la Recoleta, Buenos Aires, janeiro 2011
Com Wilson Javier Cardozo, Montevideo (Uruguay), janeiro
Com Carlos Drummond de Andrade e Rodrigo Caldeira, Itabira (MG), 21 de abril
O leitor poeta | a Wladimir Cazé
Como um animal faminto, devora no silêncio,
palavra por palavra, a memória dos outros.
Regozija a página vencida, mas busca,
olhos em chamas, mais uma conquista.
Atributo de homem sereno, sem pressa.
O tempo noturno te absorve aos poucos.
Vista cansada não te aflige, quer o final.
Se poesia, quer o poema que te devore.
A leitura come sua criação, em demasia.
Não escreve mais nenhum afetomundo.
Vive precocemente a alegria de Cabral,
para quem a leitura era único alívio.
Em tempo te desafio: inverta o título.
Anteveja o poeta, depois o leitor.
Sentinela que é da noite confidente,
cumpra a sina do porvir: vigia e relata.
Rodrigo Caldeira
Com Jamille Ghil e Ítalo Galiza, na rádio Universitária, Vitória (ES), 22 de junho
Com o poeta Leandro Jardim, Rio de Janeiro, julho
Com Saulo Ribeiro, Biblioteca Pública do Espírito Santo, Vitória (ES), 26 de julho
sábado, 5 de novembro de 2011
Com a inventiva coluna/crônica que mantém há alguns meses n'"A Gazeta", Lúcio Manga trouxe um sopro renovador ao Caderno 2 do jornal. Toda semana ele estimula os leitores a enviarem seus poemas, no nobre e algo quixotesco intuito de "transbordar a vida das pessoas de poesia". Na edição de hoje o poema escolhido é um do meu livro "Macromundo" (clique na imagem para ler).
Lívia Corbellari deu a ficha completa de "Macromundo" na resenha "Mundo inventado" (clique no link), publicada no portal de notícias "Século Diário".
Aproveito para lembrar que o livro está à venda nos sites das livrarias Cultura e Martins Fontes Paulista e no sebo Estante Virtual. Em Salvador (BA), pode ser encontrado na Midialouca e na LDM. Também está à venda diretamente comigo, por e-mail (wladimircaze@gmail.com).
As ideias de fronteira e trânsito são o eixo temático da 3ª edição da revista "BABEL Poética" (junho/julho 2011), mapeamento da poesia brasileira na "Era Lula" organizado por Ademir Demarchi. Entre muitas presenças significativas (Frederico Barbosa, Douglas Diegues, Fabiano Calixto, Ricardo Aleixo, etc.), destaco a dos autores de dois livros breves e intensos, que li e reli com grande proveito: Cândido Rolim ("Pedra habitada", 2002) e Victor Paes ("O óbvio dos sábios", 2007).
Tenho a satisfação de participar da "BABEL Poética nº 3" com 2 textos (p. 35) do livro "Macromundo", os poemas "Dois urubus" e "Alimária". (É curioso agora abordar esses textos a partir do enquadramento proposto pela revista; eu nunca tinha pensado neles sob tal perspectiva.)
Lista completa de participantes:
sábado, 6 de agosto de 2011
"Uma vida em construção" é o título do perfil que Ana Elisa Bassi, estudante do 6º semestre do curso de Comunicacação Social - Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo, fez comigo para a edição #123 do jornal laboratório "Primeira Mão". O texto, muito simpático, está na página 3, logo abaixo:
"Macromundo" é um dos livros brasileiros que a poeta Ana Rüsche levou para Maputo, Moçambique, durante sua viagem de cinco dias, neste início de agosto, para participar de atividades promovidas pelo Movimento Literário Kuphaluxa: uma oficina, sarau, palestra e o debate "Perspectivas e desafios da literatura contemporânea – Brasil e Moçambique", na Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).
Os livros são destinados a compor os acervos do Kuphaluxa, da AEMO e da Escola Secundária de Lhanguene. A lista (confira no link) inclui obras como "Homem inacabado" e "Mundo mudo", de Donizete Galvão, "A urdidura da trama", de Victor del Franco, "Mesmo poemas", de Renan Nuernberger, "De novo nada" e "Evidências pedestres", de Paulo Ferraz, "Ressurgência Icamiaba", de Deborah Goldemberg, "Pré-datados", de Fabio Aristimunho Vargas", e "Constelação de ossos" de Bárbara Lia, entre outros.
É muito bom participar desse intercâmbio e saber que "Macromundo" está no meio desses trabalhos que começam a ganhar leitores às margens do Oceano Índico.
Quem quiser enviar livros para o Movimento Literário Kuphaluxa, eis o endereço:
Gabinete de Comunicação e Imagem do Kuphaluxa Email: kuphaluxa@gmail.com Endereço Postal e sede: Centro Cultural Brasil-Moçambique Av. 25 de Setembro, 1728 Maputo – Moçambique
poesia, Secult/ES, 2015, 2ª ed., 61 páginas. Preço: R$ 15. Compre diretamente com o autor: wladimircaze@gmail.com
"Macromundo"
poesia, editora Confraria do Vento, 2010, ilustrações de Iansã Negrão, posfácio de Sandro Ornellas. Preço: R$ 20. Compre diretamente com o autor: wladimircaze@gmail.com
Vetoré um projeto de poesia eletroestocástica de Wladimir Cazé (textos) e Heitor Dantas (música). Ouça três poemas do livro "Macromundo"em versões sonorizadas (“Caracol”, “Barata” e“Valsa”).
"Poemas rupestres", de Manoel de Barros (Record, 2004)
"O ar das cidades, de Sérgio Alcides (Ed. Nankim, 2000) "Trabalhos do corpo e outros poemas físicos", de Sandro Ornellas (LetraCapital, 2007): parte 1 + parte 2
Autor de "Macromundo" (poesia, 2010), "Microafetos" (poesia, 2005), "A filha do Imperador que foi morta em Petrolina" (cordel, 2004) e "ABC do Carnaval" (cordel, 2009).
Participei do 4º Mayo de Las Letras, em San Miguel de Tucumán, Argentina (2008), e do 13º Festival Internacional de Poesía, em Cartagena de Índias, Colombia (2009), entre outros eventos literários no Brasil.